Primeira dica, se você é desses que vai buscar a pipoca pra namorada e sempre perde os primeiros minutos de projeção, então vai se dar mal. Com menos de cinco minutos o filme já explodiu na tela. Tamanha urgência é percebida na conclusão do longa, afinal, é tanta coisa a ser explicada e explorada que os 116 minutos do filme são preciosos. Essa urgência torna o longa muito menos um filme de horror, o que não é e nem pretende ser, mas um bom filme de ação. Brad Pitt se sai muito bem como protagonista e na sequência final conseguiu arrancar da minha boca: "esse cara consegue ser bom ator até em filme de ação".
O filme tem seus pecadilhos, sobretudo na correria do roteiro. Algumas informações parecem brotar, sabe-se lá de onde, ao longo da narrativa.Tipo: engole aí e não pisca pois a próxima cena de ação será ainda melhor. Esse ritmo acelerado também está presente no pulso do diretor Marc Forster, que abusa na alta velocidade da montagem, o que muitas vezes não dá tempo do espectador ver o tal zumbi. Quando vê, já foi. Foster optou pelo os zumbis raivosos e ágeis, no estilo da bilogia Extermínio, o que conferiu essa clima de urgência ao filme. Contudo, ele não tem tempo para explorar o medo e como o mundo percebe essa ameaça Z.
Mas quem carrega o piano é Brad Pitt. Ele consegue trazer o espectador para a cena, e o envolvimento emocional com a sua família soa verossímil e o pacto com quem está sentado na poltrona do cinema fica muito bem estabelecido. Mesmo com os atropelos, Guerra Mundial Z é um grande filme zumbi pipoca, para tristeza dos fãs ortodoxos de horror. Ah, convenhamos, a sacada da camuflagem é bem original. Ainda há muito campo a ser explorado nas continuações e vejamos como Hollywood vai transformar esse filhotinho de morto-vivo em uma mina ouro. Se é para ter uma franquia, que seja com zumbis, não é? Ops, Resident Evil não vale.
Guerra Mundial Z (World War Z - 2013)
Direção: Marc Forster
http://www.imdb.com/title/tt0816711/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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