Apesar de bem realizado, o segundo capítulo da saga da garota em chamas tem muito conteúdo e o espectador um pouco esquecido sobre o contexto do longa anterior pode ficar perdido. Opa, quem é esse carinha mesmo? Ah tá, esse é aquele namoradinho que ela não assume. Portanto, é imprescindível estar bem afiado com a história para não deixar passar nada. Com a vastidão da discussão politizada, que é a melhor parte do filme e o roteiristas acertaram em priorizá-la, sobra pouco tempo para os jogos. Olha que o filme tem mais de 140 minutos.
Outro acerto da produção foi a escalação de Philip Seymour Hoffman como o chefe dos jogos, cuja a participação é importante para a trama. A dupla Hoffman e Sutherland (presidente Snow) funciona muito bem e os diálogos são enriquecedores para história.
Meu grande pesar é que os filmes da saga Jogos Vorazes são menores do que eles mereciam ser. Mesmo captando a essência politizada dos livros, Jogos Vorazes: Em Chamas é visualmente simples demais. Eu sempre pego no pé dos diretores que se preocupam excessivamente com os fatores estéticos e esquecem a história. Agora, quando uma produção foca no roteiro, deixando mais de lado o aspecto visual, eu também pego no pé. Eu quero apenas o meio termo. Algo que a saga O Senhor dos Anéis mostrou que é possível: contar uma história longa e complexa, e ainda assim ser um assombro cinematográfico. Poxa, Jogo Vorazes merecia. Ainda há mais dois episódios para elevar a média da franquia.

Jogos Vorazes: Em Chamas (The Hunger Games: Catching Fire - 2013)
Direção: Francis Lawrence
http://www.imdb.com/title/tt1951264/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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