Apesar da produção esculachada (essa era a palavra que estava procurando), rever Chucky em ação já compensa. A versão sem cortes (unrated) que conferi excede um pouco no trash, mostrando cabeça rolando e olhos pisoteados. É aquela velha escapatória para roteiro ruim - se história não é boa, dobra a dose no gore e no sangue. Fiquei bastante triste com a movimentação do boneco, cujo os traços não têm mais as sutilezas dos primeiros filmes. Mesmo o humor desbocado do ruivinho sanguinolento não é aproveitado nesse capítulo. Convenhamos, o que isso importa. O filme é fraco mesmo e eu só queria ver Chucky esfaqueando de novo, o que para alívio dos fãs, mesmo com 25 anos de idade, desde Brinquedo Assassino em 1988, ele continua em forma.
A trama associando Charles Lee Ray à família que protagoniza o filme é patética. Poxa vida, Chucky merecia algo melhor. Mas o longa tem uma conclusão bacana com o boneco conseguindo, enfim, fazer o que por 25 anos e cinco filmes ele vem tentando. O que? Quer saber, veja o filme.
Fraco, rasteiro e com sustinhos previsíveis, A Maldição de Chucky deixa bem claro que amaldiçoados são os fãs de Chucky, pois qualquer outra porcaria que lançarem com o boneco, eu e você cinéfilo, vamos acabar assistindo. Esse amor por Chucky é mesmo uma maldição. O pior é que deixam abertura para mais filmes.
Ps.: há uma cena após o créditos em que Chucky vai á procura de Andy Barclay, aquele menininho do primeiro filme.
A Maldição de Chucky (Curse of Chucky - 2013)
Direção: Don Mancini
http://www.imdb.com/title/tt2230358/
Gilvan Marçal - gilvan@gmail.com
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